Eliminatórias do quarto dia do USA Olympic Trials

Sem Michael Phelps, com Ryan Lochte nadando e saindo da semifinal, uma desclassificação anunciada e cancelada e um quase recorde mundial faltando 50 metros. Veja como foi o quarto dia de eliminatórias do USA Olympic Trials em Omaha:

100 livre masculino –
Nathan Adrian fazendo o melhor tempo numa prova com quatro nadadores abaixo dos 49 e 29 abaixo dos 50. Adrian marcou 48.43, apenas três centésimos a frente de Ryan Held de 21 anos e logo em seguida Caeleb Dressel de 19 com 48.69. Completando o time do “48”, o veterano Anthony Ervin 48.76. Ervin foi o mais rápido de toda prova nos primeiros 50 metros com 22.76.
Ryan Lochte fez o sexto tempo 49.13, mas saiu da semifinal. Michael Phelps optou por nem nadar a prova. Os dois vão jogar com o “power play” e esperar pela decisão da comissão técnica de utilizá-los ou não nos revezamentos do Rio. Vale lembrar que Lochte fez o mesmo em 2012, apareceu na final, e foi o pior tempo do revezamento inclusive com pior tempo do que Matt Greevers havia feito nas eliminatórias e saiu da equipe. Com Lochte em forma foi assim, da forma que está, nem deve nadar este revezamento no Rio.
Sair da prova foi até uma forma inteligente para salvar as provas individuais de Lochte. Amanhã será um dia bem pesado para o nadador que está nos 200 costas e 200 medley. A cada dia fica mais evidenciado que foi um grande erro ter nadado a prova dos 400 medley na abertura do Trials.
Top 8ficou para William Copeland nadador que vinha treinando com James Magnussen na Austrália. Top 16 seria Matt Greevers 49.55, mas com a saída de Lochte, entrou Joshua Fleagle com 49.58.

200 borboleta feminino –
Nem a não nadada de Phelps nos livre, nem a saída de Lochte da semifinal foi o assunto da manhã. Isso ficou para a desclassificação e depois anulação da desclassificação de Camille Adams. A nadadora que foi campeã do Trials de 2012, finalista da prova em Londres 2012 (5o lugar), e medalha de prata no Mundial de Kazan no ano passado, fez o melhor tempo da manhã com 2:08.29, mas nem pode comemorar. Uma desclassificação foi anunciada indicando que a nadadora teria saído de costas em uma das viradas na pernada submersa.
Demorou menos de 10 minutos para a decisão anunciada pelo microfone e postada no resultado final fosse anulada. Um erro gravíssimo da arbitragem da USA Swimming.
Toda desclassificação nos campeonatos americanos desde 2008 são checadas no sistema de vídeo. São 40 câmeras submersas instaladas, cinco para cada raia. Assim, todas as irregularidades passam por rádio para a sala de vídeo onde estão os árbitros que analisam corroborando ou não a desclassificação. Se corroborarem, a desclassificação é aplicada, se negarem, é anulada. Com o anúncio, houve corroboração.
O protesto foi rápido, ou melhor, talvez rápido demais para uma análise detalhada e a desclassificação anulada.
Um erro grave da arbitragem que pode ser classificado apenas por irresponsabilidade ou “patriotada”.
Se Camille Adams fez a irregularidade, errou a arbitragem ao não desclassificar.
Se não fez, errou a arbitragem ao anunciar a desclassificação.
Fora isso, quatro nadadoras abaixo dos 2:10. Adams líder 2:08.29 seguida de Hail Flickinger 2:09.20. Top 8 para Sarah Gibons e Taylor Pike empatadas em sétimo lugar e Top 16 para Megan Kingsley com 2:12.54.

200 peito masculino –
Melhor prova da manhã veio com Kevin Cordes e seus 200 peito de 2:08.54, sexto tempo do mundo e até os 150 metros em ritmo de recorde mundial. Só ele e Will Licon nadaram abaixo dos 2:10. Licon fez 2:09.43. Top 8 da prova 2:12.92 e Top 16 para Daniel Roy com 2:14.70.
Parciais de Cordes 29.11, 1:01.71 (32.60), 1:34.78 (33.07), 2:08.54 (33.76).

Link para todos os resultados:

http://omegatiming.com/Competition?id=0001100003FFFFFFFFFFFFFFFFFFFFFF&day=4