A velocista australiana Shayna Jack, de 21 anos de idade, recebeu a pena máxima de quatro anos do Painel de Doping da ASADA, Australian Sports Anti-Doping Authority ao ter testado positivo para a substância Ligandrol em junho passado. Na época, Jack foi dispensada as vésperas do training camp da Seleção Australiana que se preparava para o Mundial de Gwangju com a alegação de “assuntos particulares” pela Swimming Australia.

Ligandrol é classificado na categoria de SARMS (modulador seletivo de receptores androgênicos), substância bastante popular entre os fisiculturistas. É a mesma substância que o nadador brasileiro Henrique Martins foi suspenso no ano passado por um ano. Outro atleta famoso que testou positivo para Ligandrol foi o jogador de basquete da NBA Joakim Noah, suspenso por 20 partidas da temporada.

No caso de Henrique Martins, ficou comprovada a involuntariedade do nadador no uso da substância sendo punido apenas por negligência. No caso de Jack, os quatro anos indicam que o Painel de Doping da ASADA considerou culpabilidade nas respostas apresentadas pela nadadora.

Shayna Jack e seu grupo de defesa já entrou com processo de apelação junto ao Tribunal da Corte Suprema do CAS/TAS. Ela está sendo defendida por Tim Fuller, mesmo advogado que conseguiu reverter a suspensão de Maddie Groves que perdeu três testes anti-doping numa temporada.

Natural de Brisbane, Shayna Jack completa 22 anos em novembro. É atleta de Dean Boxall, o mesmo treinador de Ariarne Titmus e Mitchell Larkin. Na Seleção Australiana, Jack esteve no Mundial de Budapeste ganhando quatro medalhas, todas de revezamento, duas provas 4×100 e 4×100 medley misto e dois bronzes 4×200 livre e 4×100 medley. No Pan Pacífico de 2018 ela foi ouro no 4×100 livre, mesma prova que venceu no Commonwealth Games do mesmo ano.

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