A notícia explodiu hoje na Austrália. Brenton Rickard integrante do revezamento 4×100 metros medley masculino que nadou as eliminatórias dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 testou positivo para Furosemida e vai ser julgado pelo CAS/TAS na próxima segunda-feira.
 

 
Os re-testes de análises olímpicas foram implementados pela WADA e COI desde os Jogos de Atenas 2004. Inicialmente por oito anos e atualmente por 10 anos são mantidas as amostras coletadas nos Jogos Olímpicos. São mais de 100 dopings e atletas que apresentaram resultados positivos desde então, Rickard será o primeiro nadador.
Brenton Rickard nadou o parcial de peito do 4×100 metros medley nas eliminatórias (59.95) dos Jogos de Londres 2012 ajudando a equipe com Hayden Soeckel, Matt Target e Tommaso D’Orsogna a se classificar com o quarto tempo. Na final, Christian Sprenger entrou no seu lugar para o parcial de peito e James Magnussen no lugar de D’Orsogna para o parcial de livre. Os australianos terminaram em terceiro lugar com 3:31.58, na sua frente, os Estados Unidos campeão 3:29.35 e o Japão 3:31.26. Esta foi a última prova dos Jogos Olímpicos de Londres e na sequência Michael Phelps foi homenageado pela FINA como o melhor nadador da história ao se tornar o maior medalhista olímpico de todos os tempos.
 

Revezamento de bronze que corre risco (Photo by Al Bello/Getty Images)


 
Rickard se aposentou no ano seguinte. Deixou uma carreira com três medalhas olímpicas (2 pratas em 2008 e um bronze em 2012), seis medalhas em Mundiais de Longa, oito medalhas em Mundiais de Curta, três medalhas em Pan Pacífico e oito medalhas em Commonwealth Games.
Seus 26.95 dos 50 metros peito ainda é recorde australiano, ele também chegou a bater o recorde mundial dos 100 peito com 58.58 em 2008 além de 2:07.89 que já foi recorde da Austrália.
A notícia do teste positivo de Rickard foi noticiada hoje pelo jornal australiano The Sydney Morning Herald e o ex-nadador vai estar na segunda-feira na sua defesa no julgamento do CAS/TAS. Caso o resultado da final seja anulado, a Grã-Bretanha, quarta colocada na prova vai herdar o bronze da prova.
Vale lembrar que em 2014, no Campeonato Mundial de Piscina Curta, em Doha, no Catar, o Brasil vivenciou situação semelhante. Na época, João Luiz Gomes Jr. testou positivo para hydrochlorothiazide, um diurético, da mesma classe de substâncias apresentada no teste de Rickard. João Gomes nadou apenas as eliminatórias do revezamento 4×50 e 4×100 metros medley onde o Brasil conquistou duas medalhas de ouro. João Gomes foi suspenso por seis meses, mas a FINA decidiu manter os resultados e as medalhas do Brasil.

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