Priorizar não é abrir mão, é apenas priorizar

Viviane Jungblut foi a primeira, a nadadora do Grêmio Náutico União foi a única das mulheres convocados para as provas de piscina dos Jogos ODESUR que pediu desconvocação. Vivi vai nadar apenas a prova dos 10 quilômetros das águas abertas.

Esta semana a CBDA publicou o pedido de desconvocação de Guilherme Costa da Unisanta. Ele, fez o contrário, fica na piscina e sai das águas abertas.

Nenhum dos dois estão “abrindo mão” do potencial que possuem. Viviane Jungblut é recordista brasileira dos 800 livre e primeira (e única) nadadora da história do Brasil a participar de duas finai sem um mesmo Mundial. Guilherme é, de forma incontestável, o melhor nadador que temos para as águas abertas, embora ainda não tenha conseguido comprovar isso no parâmetro internacional.

Porém, é inegável que Vivi está muito mais próxima de um pódio em águas abertas e o Cachorrão já foi medalhista nos 400 livre em Budapeste. Como citamos acima, ninguém está abrindo mão, apenas priorizando.

Viviane Jungblut faz parte do belo grupo de fundo e águas abertas que o Grêmio Náutico União tem sob o comando do Kiko Klaser, trabalho que tem gerado alguns dos melhores resultados do país nestes últimos anos. E ela ainda deve nadar muitas provas de piscina e pode ter certeza de que também vai atrás dos índices olímpicos para Paris 2024.

Guilherme Costa é produto quase que artesanal do técnico Rogério Karfunkelstein. Os dois construíram um fenomenal progresso de anos e que tem ambições muito maiores de tudo do que já foi alcançado. O programa deste ano inclusive, depois de disputar as provas dos 400, 800 e 1500 livre do ODESUR tem uma subida para um treinamento de altitude e encarar a disputa do US Open.

Para quem não lembra, em 2019, eles fizeram isso e deu muito certo. Na época, foram três vitórias, todas com novos recordes sul-americanos. A intenção é esta, fazer o programa adequado, competir em alto nível, e em busca de algo cada vez maior.

Quem trabalha com esporte de alto rendimento já está até acostumado, mas o padrão é sempre este, bucdar mais e mais, não há limite para a excelência quando se trabalho duro, de forma planejada e com boas condições.

 

Por Alexandre Pussieldi, editor chefe Best Swimming.