Previsões de medalhas, de quem ganha, de quem chega na final, está cheia por aí, todo mundo faz. A Best Swimming decidiu fazer algo diferente, um levantamento apontando quem dos campeões olímpicos do Rio 2016 não será bi campeão em Tóquio 2020. O levantamento e projeção é baseado nos resultados e informações destas temporadas apresentando alguns atletas que seguem na briga e um grupo que identificamos como os “não bi campeões olímpicos” de 2020.

De todos os campeões olímpicos individuais do Rio 2016, apenas duas mulheres, Maya Dirado (200 costas), Rio Kaneto (200 peito) e um homem, Michael Phelps (200 borboleta e 200 medley) se aposentaram desde então.

Encontramos campeões olímpicos de 2016 que seguem não só em atividade como nas primeiras posições do ranking mundial. Especificamente Kyle Chalmers (100 livre), Sun Yang (200 livre), Mack Horton (400 livre), Gregorio Paltrinieri (1500 livre), Ryan Murphy (100 e 200 costas), Adam Peaty (100 peito) no masculino, mais Simone Manuel (100 livre), Katie Ledecky (200, 400 e 800 livre), Katinka Hosszu (100 costas, 200 e 400 medley), Lilly King (100 peito), Sarah Sjoestroem (100 borboleta).

Pernille Blume foi surpresa nos 50 livre na Olimpíada do Rio, sofreu uma intervenção cirúrgica no coração e já voltou a competir desde o ano passado. Tem feito suas melhores marcas e segue baixando. Mesmo não estando no topo do ranking, ainda pode aparecer. O mesmo serve para Mireia Belmonte. A espanhola campeã dos 200 borboleta em 2016 vem de duas temporadas carregadas de lesões e doenças. Se analisarmos o ciclo todo, não dá para deixá-la de fora da lista que pode brilhar em Tóquio.

Sobraram quatro nomes, todos no masculino, os candidatos a “não bi campeões olímpicos” de Tóquio são pela ordem:

1o Anthony Ervin, Estados Unidos, campeão dos 50 metros nado livre com 21.40

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Umas férias longas após o título olímpico, Ervin nunca mais nadou nem perto da sua marca olímpica. Nem quebrar o 22 ele conseguiu nestes anos. Aos 38 anos de idade, Ervin é um puro candidato a “não ser bi campeão olímpico”, mas muito mais do que isso, nem pegar o time americano que vai a Olimpíada.

Seus melhores resultados nestes quatro anos:
2017 – 22.09 no Campeonato Americano
2018 – 22.68 no Campeonato Americano
2019 – 22.68 no TYR Pro Swim Series em Indianápolis
2020 – 22.90 na Copa dos Campeões da FINA

2o Joseph Schooling, Singapura, campeão dos 100 metros borboleta com 50.39

 

Nenhum campeão olímpico de 2016 ganhou tanto dinheiro como Joseph Schooling. Só a medalha de ouro lhe valeu 500 mil dólares do Comitê Olímpico e Governo de Singapura. Depois disso, inúmeros contratos de patrocínio que fazem dele hoje um dos mais valorizados nadadores do planeta.

Dentro d’água entretanto, os resultados ficaram longe, muito longe de sua conquista. Seu último ano na Universidade do Texas já foi bem inferior aos anteriores. Graduado, decidiu retornar a seu país onde está treinando. Recentemente foi criticado pelo head coach da Seleção Nacional de Singapura por estar acima do peso e envolvido em muitas festas e outras atividades fora da piscina. Não gostou.

Ainda conseguiu fazer um tempo razoável em 2017, foi bronze nos 100 borboleta no Mundial de Budapeste, mas no ano passado nem passou das eliminatórias no Mundial de Gwangju.

Seus melhores resultados nestes quatro anos:
2017 – 50.78 no Mundial de Budapeste
2018 – 51.04 nos Jogos da Ásia
2019 – 51.84 nos Jogos do Sudoeste da Ásia
2020 – Ainda não competiu este ano

3o Dmitry Balandin, Cazaquistão, campeão dos 200 metros peito 2:07.46

 

Foi outra grande surpresa na Olimpíada do Rio, a primeira (e única) medalha da história da natação do Cazaquistão veio dourada com os 200 peito de Balandin nos 200 peito. Desde então, ele trocou de clube, de técnico e segue em busca de seu melhor resultado. O tempo feito no Rio ainda é o recorde nacional de seu país.

Desde o ano passado, Balandin está treinando com Dave Salo no Trojan Swim Club. No Mundial de Gwangju foi onde conseguiu fazer o seu melhor tempo neste período, mas a prova evoluiu muito e com seus resultados corre risco de nem fazer a final.

Seus melhores resultados nestes quatro anos:
2017 – 2:09.69 no Mundial de Budapeste
2018 – 2:09.31 no Campeonato Espanhol
2019 – 2:08.19 no Mundial de Gwangju
2020 – 2:12.36 na Copa dos Campeões da FINA

4o Kosuke Hagino, Japão, campeão dos 400 metros medley 4:06.05

REUTERS/David Gray

Umas férias um tanto longas após a Olimpíada e um problema de até mesmo pensar em deixar de nadar. Este ciclo de Kosuke Hagino foi bastante acidentado. Tempos longes da sua melhor marca e fora da Seleção Japonesa. Hagino chegou a se afastar por completo, e a maior esperança da natação japonesa não conseguiu administrar a pressão.

No ano passado, depois de meses fora d’água, Hagino retornou aos treinamentos. Recentemente ganhou o impulso de um casamento e o primeiro filho. Hagino ser bi campeão olímpico nos 400 medley vai ser quase impossível e até mesmo conseguir vaga no time japonês também está ameaçada.

Seus melhores resultados nestes quatro anos:
2017 – 4:10.45 no Campeonato Japonês
2018 – 4:10.38 no Campeonato Japonês
2019 – 4:15.79 em torneio regional no Japão
2020 – ainda não competiu este ano

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