Notícia publicada no jornal The Telegraph na Grã-Bretanha (link) e confirmada por diversas agências traz que a nadadora trans Lia Thomas está apelando a Corte Suprema do Esporte CAS/TAS pela revogação da regra determinada pela World Aquatics desde Junho de 2022 que restringe a participação dos atletas trans nos esportes aquáticos.

A regra apresentada na véspera do Mundial de Budapeste determina que a transição do atleta trans do sexo masculino para o feminino precisa ser feita até o início da Puberdade (12 anos de idade). Lia Thomas foi campeã das 500 jardas livre e quinta colocada nos 200 livre no NCAA de 2022, sua última participação competitiva no esporte.

Carlos Sayão, advogado brasileiro nascido no Rio de Janeiro e que se naturalizou canadense, é o advogado de Lia e antes de ingressar no CAS/TAS tentou a reversão da regra junto a World Aquatics. No argumento da World Aquatics é que o processo de Lia Thomas não tem mérito pois a atleta nem filiada a USA Swimming está. Segundo a Best Swimming apurou, Lia Thomas não é filiada a USA Swimming desde 2016.

Sayão foi nadador representou o Flamengo e inclusive chegou a ser campeão brasileiro. Entretanto, optou pela cidadania esportiva do Canadá e participou do Pan Pacífico de 1999, o Commonwealth Games de 2002 e o Mundial de Barcelona de 2003. Ele também teve carreira destacada na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, onde obteve a sua primeira gradução. Sayão fez o seu mestrado em Oxford na Grã-Bretanha e a Escola de Direito em Montreal, no Canadá.

Advogado de destaque no cenário esportivo internacional, representa uma das maiores firmas de advocacia no Canadá, a TYR LLP. Ele também atuou no caso que defendia a corredora Carter Semenya da África do Sul.

Caso a regra de restrição de participação de atletas trans seja revertida, Lia Thomas poderia ingressar no sistema competitivo. Como sua transição do sexo masculino para o feminino foi durante a sua carreira universitária na Penn University, Thomas nunca competiu como mulher na USA Swimming.