Ana Marcela Cunha já era empatada com Maurren Maggi a atleta mais finalista do Prêmio Brasil Olímpico com cinco vezes. Com o anúncio do COB na sexta-feira, Ana Marcela está mais uma vez, agora isolada pela sexta vez, na disputa do Prêmio Brasil Olímpico junto com a boxeadora Beatriz Ferreira e a esgrimista Nathalie Moulhausen.

Ana Marcela das cinco vezes (2010, 2014, 2015, 2017 e 2018) que foi finalista chegou ao prêmio por duas vezes (2015 e 2018). Com duas escolhas como melhor atleta olímpica do país, Ana Marcela está empatada com Fabiana Murer, Maurren Maggi, Daniele Hipólito e Daiane Dias.

Anos em que Ana Marcela Cunha foi finalista do Prêmio Brasil Olímpico:

2010 – Venceu Fabiana Murer do atletismo
2014 – Venceu Martine Grahel e Kahena Kunze do iatismo
2015 – Venceu Ana Marcela Cunha
2017 – Venceu Mayra Aguiar do judô
2018 – Venceu Ana Marcela Cunha

Confira o press release do departamento de imprensa do COB:

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta sexta-feira, dia 1º, os atletas que concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2019. São eles: Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Beatriz Ferreira (boxe) e Nathalie Moellhausen (esgrima), no feminino; e Arthur Nory (ginástica), Gabriel Medina (surfe) e Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), no masculino. Os vencedores serão anunciados na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, no dia 10 de dezembro, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Os vencedores de 2018 foram Isaquias Queiroz e Ana Marcela.

“Na cerimônia em que o Prêmio Brasil Olímpico completará 21 anos, o COB vai celebrar a melhor campanha da história do país em Jogos Pan-americanos. Todos os 260 atletas que conquistaram nossas 169 medalhas na competição receberão uma homenagem especial”, disse Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB. “Tenho certeza de que será uma grande festa em homenagem aos atletas, técnicos e aos diversos agentes que fazem com que as vitórias nas principais competições internacionais sejam uma constante nesses últimos anos. Vamos celebrar as conquistas desses atletas hoje, porque amanhã é um novo dia para vencer”, completou.

O COB anunciou também o nome dos 56 melhores atletas em cada modalidade esportiva olímpica. Já os atletas que concorrerão ao prêmio Atleta da Torcida serão revelados no domingo, dia 10 de novembro. A escolha do Atleta da Torcida será feita pelo público, em votação pela Internet.

Além da premiação aos melhores de 2019, o Prêmio Brasil Olímpico deste ano homenageará mais seis ídolos do esporte nacional com a inclusão de seus nomes no Hall da Fama do COB: Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800m em Los Angeles 1984 e prata em Seul 1988; Magic Paula, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996; e os já falecidos Guilherme Paraense, atirador, primeiro campeão olímpico do país na história dos Jogos Olímpicos, em Antuérpia 1920; João do Pulo, bronze olímpico no salto triplo em Montreal 1976 e Moscou 1980; Maria Lenk, nadadora, primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932; e Sylvio Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, nos 400m com barreiras, em Berlim 1936.

Idealizado em 2018, o Hall da Fama do COB pretende eternizar os atletas e treinadores que ajudaram a construir a história olímpica do país, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações.

Na 21ª edição, o Prêmio Brasil Olímpico ainda vai premiar outras categorias: Melhor Técnico Individual e Coletivo; Troféu Adhemar Ferreira da Silva; e Melhores Atletas nos Jogos Escolares da Juventude.

A escolha dos melhores atletas em cada modalidade (ver lista abaixo), assim como os atletas que concorrem ao Troféu de Melhor Atleta do Ano, foi realizada por um colégio eleitoral formado por jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, ex-atletas e personalidades do esporte.

Confira as conquistas daqueles que concorrem ao troféu de Melhor Atleta do Ano:

Ana Marcela Cunha – Em 2019, Ana Marcela Cunha conquistou 10 títulos internacionais. No Circuito Mundial de Maratonas Aquáticas, acabou com o vice-campeonato mesmo vencendo cinco etapas – Doha (Catar), Setúbal (Portugal), Balatonfüred (Hungria), Ohrid (Macedônia), Nanton (Taiwan) – e sendo vice em duas – Ilhas Seicheles e Chun’na (China). Vencedora do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2016 e 2018, Ana Marcela ainda conquistou os 5km da 1ª edição dos Jogos Mundiais de Praia e do Mundial de Desportos Aquáticos em Gwangju; os 10km dos Jogos Pan-americanos de Lima e dos Jogos Mundiais Militares de Wuhan e os 25km também no Mundial de Gwangju. A baiana, que tem 25 vitórias no Circuito Mundial da FINA 10k, apareceu na edição do Livro dos Recordes (Guinness Book) 2020 como a maior vencedora da competição e conseguiu a classificação para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 com o 5º lugar na prova dos 10km do Mundial de Gwangju. Ana Marcela receberá pela sexta vez o título de melhor nadadora do mundo no ano pela FINA.

Beatriz Ferreira – A pugilista teve um 2019 impecável, chegando à impressionante marca de 24 pódios em 25 competições disputadas. O auge foi o ouro no Campeonato Mundial da AIBA, em Ulan-Ude, Rússia, na categoria até 60kg. Na decisão, a baiana derrotou a chinesa Cong Wang por 5 a 0 para chegar ao topo do pódio, apenas o segundo ouro do Brasil em Mundiais femininos e a quarta medalha do país em competições desse nível. Bia também fez história ao conquistar o primeiro ouro no boxe feminino em Jogos Pan-americanos ao derrotar a argentina Dayana Sanchez na decisão em Lima. Ainda em 2019, Bia esteve no pódio em outras quatro competições, além do Mundial e dos Jogos Pan-americanos: foi ouro no Grand Prix Ustí Nad Laben, na República Tcheca, e no Felix Stamm Tournament, na Polônia; e prata no classificatório para os Jogos Pan-Americanos, na Nicarágua, e nos Jogos Mundiais Militares Wuhan.

Nathalie Moellhausen – Aos 33 anos, Nathalie Moellhausen entrou para a história da esgrima e do esporte brasileiro ao conquistar o ouro na espada no Campeonato Mundial de Budapeste, na Hungria, numa campanha irretocável com 12 vitórias em 12 combates. Foi a primeira medalha do Brasil em um Mundial da modalidade, mas a quarta da esgrimista. Defendendo a Itália, onde nasceu, já tinha sido bronze individual em 2010, além de ouro em 2009 e bronze em 2011 por equipes. Com o título, Nathalie chegou ao quarto lugar no ranking mundial e praticamente garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos de 2020, ainda que a corrida olímpica termine em abril do próximo ano. Antes, o recorde dela era um oitavo lugar em 2008/2009. Nos Jogos Pan-americanos de Lima, conquistou o bronze na espada individual, repetindo o feito de Toronto 2015.

Arthur Nory – O ginasta de 26 anos teve muitos motivos para comemorar em 2019. Medalhista de bronze no solo nos Jogos Rio 2016, Nory conquistou a primeira medalha dele em Mundiais este ano. Em Stuttgart, depois de executar acrobacias de grande dificuldade, cravou a saída do aparelho e conseguiu um 14,900 para faturar o ouro na barra fixa. No mesmo aparelho, foi prata nos Jogos Pan-americanos de Lima, atrás apenas do compatriota Francisco Barretto. No Pan também conquistou a prata no individual geral e o ouro por equipes.

Gabriel Medina – Atual vice-líder do ranking mundial, Gabriel Medina revolucionou o mundo do surfe desde que surgiu entre os profissionais e se tornou o primeiro brasileiro bicampeão mundial, com os títulos em 2014 e no ano passado. Em 2019, o paulista de Maresias venceu as etapas da África do Sul, em J-Bay, e do Surf Ranch Pro, a piscina de ondas artificiais, em Lemoore, na Califórnia. Foi segundo no Taiti, na praia de Teahupoo, e quinto em Gold Coast e Bells Beach, na Austrália, e no Rio. Agora, disputa a etapa do Havaí ainda com chances de um histórico tricampeonato mundial para o surfe brasileiro e da garantia da vaga para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Os dois melhores brasileiros no ranking ao final de 2019 garantem a vaga, mas os principais adversários pelas vagas e pelo título são os compatriotas Ítalo Ferreira, líder do ranking, e Filipe Toledo, quarto colocado.

Isaquias Queiroz – Vencedor do Prêmio Brasil Olímpico de Melhor Atleta do Ano em 2015, 2016 e 2018, o baiano Isaquias Queiroz manteve o alto nível em 2019. Na principal competição do ano, conquistou mais duas medalhas em Campeonatos Mundiais, chegando a 12 na história da competição. Em Szeged, na Hungria, conquistou o ouro no C1 1000m e o bronze no C2 1000 metros, ao lado de Erlon Silva, ambas provas olímpicas. Nos Jogos Pan-americanos Lima 2019 conquistou o ouro no C1 1000m, chegando à quarta medalha na competição.

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