O NCAA está de volta! Com tudo!

Treinamentos já estão rodando nas três divisões do NCAA desde agosto e neste mês acontecem as primeiras competições da temporada da natação universitária americana. Num sistema “quase normal”, embora ainda existam protocolos e restrições vigentes neste ano de retomada.

São poucas as universidades que exigiram retorno as aulas completamente vacinados, mas como também são poucos os atletas-estudantes nas equipes competitivas que optaram por não serem vacinados. O sentimento de equipe é muito propagado no sistema e a pressão intimida e melindra tal tipo de opção.

Ano passado (2019/2020), com a Pandemia, não tivemos Campeonatos Nacionais, apenas a Divisão II chegou a ter dois dos quatro dias de competição paralisando no meio para não voltar. Também tivemos dual meets feitos de forma virtual e o NCAA acabou sendo realizado sem presença de público.

Nesta temporada, volta tudo. As equipes vão viajar, competir mais e o NCAA e as Conferências terão presença de público. O último final de semana foi marcado pela volta do futebol americano universitário e os estádios cheios é uma espécie de retomada nacional ao esporte.

Com o cancelamento e ajustes do NCAA 2019/2020 E 2020/2021 foi dada a oportunidade para atletas competirem pelo quinto ano, benefício que terá Caio Pumputis na Georgia Tech, Kayky Mota no Tennessee e o filho do treinador brasileiro Arthur Albiero, Nick Albiero, que foi campeão dos 200 borboleta pela Universidade de Louisville.

Natação universitária do NCAA é uma das competições mais difíceis do esporte e os Jogos Olímpicos ratificaram mais uma vez esta condição. Um total 32,7% das medalhas distribuição na competição de natação do Centro Aquático de Tóquio foram conquistadas por nadadores-estudantes ou ex-estudantes do sistema NCAA. São 68 das 208 medalhas distribuídas.

A temporada “da volta normal” também marca um número expressivo, são 75 anos de disputa do NCAA masculino desde a primeira edição em 1937. O torneio das mulheres é bem mais recente, o NCAA reconhece somente desde 1982.

Por conta da Pandemia, e uma Ordem Executiva do Presidente Donald Trump em 24 de maio do ano passado, atletas-estudantes ficaram impedidos de entrar nos Estados Unidos vindos direto do Brasil. A obrigatoriedade de quarentena em um outro país (México, Chile, Panamá,…) foi opção para alguns, muito poucos, que encararam a opção.

Além disso, tivemos embaixadas e consulados fechados, sem emissão de vistos de estudante, o que acabou causando um “represamento” de atletas-estudantes no Brasil. A retomada da temporada NCAA deste ano, liberou o acesso sem a necessidade de quarentena e combinou com a vinda de muitos nadadores brasileiros, vários integrantes da Seleção Brasileira Olímpica e de categoria.

Louisville do treinador Arthur Albiero é quem lidera a lista em número de brasileiros, Maria Eduarda Sumida faz a sua última temporada e ganha a companhia de Murilo Sartori, Gustavo Saldo e Fernanda Celidônio.

 

 

O calendário da natação universitária americana é dividido em quatro fases:

1a fase
Retomada dos treinamentos e início das competições, na maioria dual meets (2 equipes).

2a fase
Final de novembro, início de dezembro, a disputa dos Invitationals, competições maiores, onde acontece o primeiro polimento da temporada, onde os atletas buscam alcançar os fortes índices para o NCAA. Quem garante as marcas faz o planejamento direto para os Campeonatos Nacionais, sem a necessidade de descansar ou polir para as Conferências.

3a fase
Disputa das Conferências entre fevereiro e início de março, última oportunidade para os atletas alcançarem os índices.

4a fase
Disputa do Campeonato Nacional Universitário do NCAA nas seguintes datas
Divisão I feminino – 16 a 19 de março, na Georgia Tech, em Atlanta
Divisão I masculino – 23 a 26 de março, na Georgia Tech, em Atlanta
Divisão II feminino e masculino – 9 a 12 de março, em Greensboro, na Carolina do Norte
Divisão III feminino e masculino – 16 a 19 de março, em Indianápolis, Indiana

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